Os primeiros passos para a pesquisa vieram de livros “fáceis” de encontrar. “A guerrilheira”, de João Felício dos Santos, presente do colega Spacca, numa tentativa de me encorajar num caminho em que ele já é um mestre. A biografia de Anita feita pelo Markun, encontrável em livrarias e sebos de São Paulo.
Mas o grande salto foi quando descobri o acervo de Wolfgang Ludwig Rau em Laguna (ver a página “O Projeto” ao lado). Em outro post falo mais sobre este homem singular que não tenho o prazer de conhecer. O fato é que o acervo está na casa Pinto D´Ulysséa, ao lado da fonte da Carioca, no centro, e lá fui eu começar o garimpo.

A Casa Pinto D’Ulysséa, foto do site Laguna InFoco
Dentro da casa, além de objetos variados – garibaldinos, imperiais brasileiros e peças arqueológicas de sambaquis- há, claro, dezenas de livros sobre Anita e Garibaldi. É o mais completo acervo sobre ela existente no mundo.
Com algum tempo de pesquisa, você começa a descobrir quais livros são mais interessantes, sob o seu ponto de vista. E alguns livros importantes eu tive sorte de encontrar, depois, em sebos de São Paulo ou Porto Alegre, o que me poupou algum trabalho.
Mas a pesquisa no acervo é mais ou menos assim: durante as viagens para Laguna, eu me instalo no fundo do acervo, com um velho ibook, e procuro os livros que considero estratégicos.

Acervo de livros do Rau, visto de quem senta no fundo da segunda sala.
Escolhido o livro, pego a câmera, vou para perto de uma fonte de luz natural e começo a fotografar, página por página. Espertamente, demorei quase metade do primeiro livro de 300 páginas para perceber que podia fotografar as páginas abertas, e economizar 50% do tempo e da tinta de impressão depois. Muito cuidado é necessário, alguns livros estão em estado delicado.

Fotografando os livros página a página.
Depois, baixo no ibook e salvo num pen drive. Quando volto pra casa, em São Paulo, trato cada página no computador, dando o contraste e transformando em p&b.

Páginas já em p&b e contrastadas para dar leitura.
Por fim, as páginas são impressas e viram encadernações espirais, cheias de post-its e anotações.

O produto final.
Como dá pra ver, desenhar é o final do processo.
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