
Souvenir de pedra de lava com mapa da Sicília- Catânia
Catânia está quase aos pés do Monte Etna.
Quando criança, o imaginário era de que o Etna (e o Vesúvio) eram espécies de monstros terríveis como Godzillas, que cospiam fogo e causavam terremotos devastando cidades. O mundo pré-internet era imenso e desconhecido, e imaginar que pessoas viviam em volta daqueles monstros era assustador.
Agora, passamos ao largo e descobrimos que é apenas uma montanha, silenciosa, às vezes fumegante, cheia de cidades ao redor, todas sobrevivendo através da fertilidade da lava misturada ao solo, todas sabendo que talvez amanhã, talvez daqui a cem anos Godzilla irá acordar e tudo pode ser queimado. E tudo será reconstruído de novo, como é feito há milhares de anos.

O calçamento de pedra de lava, na praça Duomo, Catânia
Em Catânia, a pedra preta de lava é objeto de uso e construção em quase todo lugar. De lembranças e souvenires delicados como a que abre este post aos paralelepípedos de rua, quase tudo reutiliza essa matéria prima fácil de encontrar.
O símbolo de Catânia é o Liotro, elefante de pedra de lava que fica na Praça do Duomo. Tem adornos em mármore (sua presa e um obeslico) que não pertencem ao elefante original, danificado no grande terremoto de 1693 e reconstruído por G.B Vaccarini em 1737.

Fontana dell’Elefante- Catânia
A lenda é que o elefante protege os cataneses das erupções.
Obviamente não há elefantes na Itála, mas não é difícil imaginar algum circulando por aqui trazido por alguma das tantas ocupações diversas que a Sicília teve, dada a proximidade com a África e Oriente Proximo.
Mas também há uma fábula de que o mago Eliodoro (Liotro) cavalgava o elefante atormentando os cataneses com diabruras, entre elas pagar produtos com pedras de ouro que viravam pedra de lava quando os cataneses colocavam as mãos.
—–
A primeira atividade foi uma palestra na Scuola Superiore Turrisi Colonna, que forma futuras educadoras. Falar um pouco do processo de pesquisa, assim como da importância do uso da linguagem do desenho para ensinar e fixar.
Em Catânia, fui acolhido pela minha tradutora e nova “amiga desde o nascimento”, Giovanna Lojacono.
Giovanna merecerá um post exlcusivo em outro momento.

Giovanna Lojacono, tradutora, advogada e alma inquieta.
——————-
À noite, um bate-papo na deliciosa livraria Vicolo Stretto, que fica, justamente, em um “beco estreito” em um agradável boulevard de restaurantes e pizzarias.
Esse encontro teve a mediação competente de Marco Grasso -que ilustrou a conversa com um powerpoint de larga pesquisa- e a presença do grupo de “Bonelliane” (fãs dos quadrinhos da editora de Sergio Bonelli) chefiado por Tindaro Alessandro Guadagnini.
A Vicolo Stretto filmou todo o bate-papo, que pode ser visto abaixo ou em seu link de Facebook.
Lancio del libro Anita Garibaldi e chat nella Libreria Vicolo Stretto