As imagens que se tem de Garibaldi são sempre grandiloquentes. Peito estufado, queixo erguido. Há imagens dele mais velho, com os olhos miúdos e semblante cansado, mas aí ele já é um velho herói consagrado.
- Garibaldi perfil jovem
- Garibaldi jovem
- Foto de Gustave Le Gray
- Garibaldi perfil Velho
De fato, como herói romântico ele preenche as expectativas: aventureiro, sonhador, revolucionário, idealista, desapegado a dinheiro ou riquezas, viajando o mundo pra “libertar os povos” e também a sua Itália. Mas por outro lado, era bastante ingênuo, manipulador de fatos, tinha lacunas de formação política, era mais voluntarioso do que esclarecido e, como talvez tenha sido um dos primeiros vultos da história a poder revisar sua biografia em vida, se colocou sempre com grande importância diante dos fatos e “limpou” a própria barra deixando diversos relatos.
Sua biografia mais conhecida foi escrita por Alexandre Dumas, pai, autor, entre outros, de O conde de Monte Cristo e Os Três Mosqueteiros. Além de virar amigo, era fâ de Garibaldi. Convenhamos, o escritor perfeito para o Garibaldi-personagem que o Garibaldi-homem queria deixar para história. O próprio Dumas optou por escrever sua biografia em detrimento de outro projeto, por achar mais interessante escrever sobre este homem vivaz e contraditório, do que sobre algum figurão inglês.